É o mês das mulheres
jornais e tevês nos dão a vez.
Levantamos bandeiras e hasteamos nossas vozes.
Falamos para nós mesmas,
afim de que as palavras se cravem na verdade aceitável do dia a dia.
Falamos em igualdade,
mas queremos o direito
de sermos diferentes.
Queremos deixar para trás a fantasia de alvo.
Queremos deixar a armadura.
Queremos caminhar sem ouvir abusos,
sem temer abusos,
sem sofrê-los.
Queremos ser mãe sem culpa.
A dona da casa.
A escriba de nossa própria história.
A gueixa sem quimono.
A muçulmana sem burca.
A africana com seu clitóris.
A brasileira sem censura.
A liberdade de tecer o próprio ser.
Ser feliz sendo mulher.
1/3/2010